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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ainda sobre Jason Mraz.

Duas informações importantes: quem cantou "Lucky" com Jason foi Tristan Prettyman, noiva de Jason e também cantora. Li no Cultbox. Lá também confirmei informação de uma amiga: a música com a qual Jason abriu o show, cantada em português compreensível, foi "Tudo que você podia ser", de Milton Nascimento.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Jason Mraz no Recife.

Não sou fã incondicional de Jason Mraz, embora goste muito. Não sei as letras de cor... talvez uma ou duas músicas, apesar de reconhecer várias delas. Mas sou da filosofia de que show internacional no Recife é (era) uma raridade e, por mais que isso esteja mudando, como é um processo novo por aqui não acredito que a repetição de bandas e cantores será comum. Daí que eu faço o máximo para não perder um show desses por esses lados. Queria ir para Cyndi Lauper, mas falta dinheiro. Se esse último estivesse sobrando, acho que iria até para Backstreet Boys. Mas vem o show de U2 em alguns meses e, como nunca me perdoei por ter perdido o último que teve em terras paulistas, havia decidido que não perderia outro por nada nesse mundo. Mesmo com o ingresso custando os olhos da cara, ainda tendo que gastar com passagem e estadia. Mas voltemos a Jason.

Os portões abriram às 18h (era o que estava no ingresso - quando cheguei lá, às 18:30h, já estavam abertos) e um pouco antes das 19h começou a tocar uma "bandinha" aí (as aspas são uma piada interna): Nós4. O show deles foi, como sempre, animado, dentro dos limites do que um show deles pode ser animado. Destaque para o repertório, sempre excelente, apesar de manter boa parte das músicas no setlist aqui e ali.



Depois que o show acabou, esperamos quase uma hora para Jason começar. Mas quando começou, arrasou demais. Tá, ele cantou umas músicas nova que eu (e metade das pessoas no frontstage...) não conheciam, mas ele é o cara. A capacidade dele "brincar" com a voz é impressionante. De sons graves a agudos em milissegundos, sem falhar uma única vez. E ele sabe encantar a plateia.



Feliz ficou Sofia, a menina lá que ele escolheu da plateia e mandou subir no palco, com quem ele dançou, brincou e abraçou por uns minutos. Acho que ela vai passar a semana sem dormir lembrando disso.

Uma surpresa: um barco (um iate? sou péssimo com essas coisas...) ancorado lá no clube estava cheio de gente animada, fazendo festa e vendo tudo de perto. Em um dado momento, os três integrantes da banda de J.Mraz que tocam instrumentos de sopro se deslocaram até lá e os holofotes apontaram para o barco enquanto eles faziam uma breve performance.

Senti falta de apenas uma música: "Details in the fabric", que acho linda. Para mim, como qualquer outro lá que gosta e não conhece tanto, o ponto alto do show foi quando ele retornou para o bis e cantou as duas músicas que eu sabia cantar por inteiro: "Lucky" e "I'm yours". Detalhe: em "Lucky", no álbum, ele canta com Colbie Caillat, no show ele canta com alguém lá que ouvi dizer que era a irmã dele, mas segundo fontes confiáveis, era a esposa. Não interessa, enfim: foi fantástico e eu estava lá, a poucos metros do palco.



O show foi isso: excelentes músicas, excelente performance; algumas pequenas e boas surpresas e uma experiência única. Tudo isso aliado a uma organização excelente do clube e da Raio Lazer, que tem trazido uma boa quantidade de shows internacionais pra cá com sucesso. Ponto pra eles.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Energia.

Ontem à noite, por volta das 23:30h fui pego de surpresa pela falta de energia. Havia chegado há pouco em casa, me preparava para dormir, estava apenas finalizando umas questões na net, checando o Twitter, o Facebook e o e-mail (sim, eu sou rato de Internet...), quando o ventilador aqui começou a fraquejar, a luz oscilar e a escuridão seguida do estouro.

As cada vez mais raras quedas de energia na cidade (em meu bairro, pelo menos) não me fizeram sempre achar que é uma situação tão atípica. A queda de energia em si, não me parece absurda. O que me assustou foi olhar pela janela e não ver nenhum ponto de luz em lugar algum, até onde minha vista alcança, aqui do apartamento (moro em um apartamento no início de Casa Amarela, no 12° andar. Dele vejo boa parte de Casa Amarela, Rosarinho, Encruzilhada, Arruda e adjacências), exceto pelos faróis de veiculos que ainda trafegavam e pela placa de um motel próximo, escandalosamente colorida.

Mantive-me no computador (santo laptop e sua bateria recarregável!), conectei-me à Internet com meu mini-modem e fui em busca de informações. Twitter, Facebook, JC Online, Globo.com. Nos primeiros minutos, só o Twitter avisava alguma coisa: a falta de energia alcançava Boa Viagem, Aflitos, Espinheiro, Piedade, Campo Grande a Boa Vista. Pouco depois, Bairro Novo, em Olinda, e Bultrins. E um Twitter que costumava avisar sobre as famosas blitzes do bafômetro e agora dá notícias gerais sobre trânsito começou a noticiar a falta de energia no Grande Recife inteiro.

Aí sim, comecei a ficar surpreso. Lembrei de um dia no ano passado no qual, durante várias horas, tudo caiu: energia, Internet, telefones móveis e fixos. Aquilo, sim, pra mim foi o fim da picada. Sem contato com o mundo, parecia isolado em meu apartamento. Agora era só a energia. Até a TIM começar a falhar e meu celular não conectar no 3G nem conseguir fazer ou receber ligações. Pra piorar, uma prima twittou que também faltava energia em Limoeiro, no interior do estado. Não era mais só no Grande Recife, mas a falta de energia se alastrava pelo interior do estado. Pior ainda: sem vento, sem ventilador e sem condicionador de ar, o inferno estava instaurado.

O sono foi embora e a curiosidade aumentou com o Twitter: começaram relatos de queda de energia na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Ceará, em Sergipe... até em partes do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Só podia ser o fim do mundo. A mim, só restava suar e gastar o resto da bateria do laptop (e, como ia perceber logo mais, do celular...) lendo e repassando novas informações sobre a queda de energia que, segundo saberia por um amigo que trabalha na Celpe, não era culpa desta, mas da Chesf. Problemas de geração de energia não ocorrem na Celpe, que é concessionária, mas na Chesf, que é geradora de energia para a região.

Quando as baterias acabaram não me restava mais nada. Deitei e tentei pensar em coisas leves, pra esquecer o tempo, enganar o calor e dormir. As coisas leves não vieram, porque me peguei pensando no quanto nos tornamos dependentes da energia elétrica, do celular e da Internet. Mas o sono chegou, com esses pensamentos entediantes àquela hora da madrugada. Lá pra 01:30h, a energia voltou, duas horas depois dela ter caído. Os apitos dos eletrodomésticos que esqueci ligados na tomada, as luzes que esqueci acesas e as luzes do prédio quase colado ao meu acendendo em cima do meu rosto me despertaram e o sono foi embora de vez, só voltando quase às 5h.

O melhor foi quando acordei, zumbi, e li uma notícia da Folha de São Paulo, na qual o nosso Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse, em suas palavras, que "Não houve um apagão, houve uma interrupção temporária de energia".

Ah, mas vá pro raio que o parta! (não, eu não uso essa expressão no meu dia a dia, mas os palavrões são sempre deselegantes, apesar de insubstituíveis em alguns momentos...)