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sábado, 26 de novembro de 2011

Super 8 (idem, 2011).


Uma mistura de Goonies com ET, mas devidamente modernizada, ainda que passada em algum lugar pelo final dos anos 1970 e início dos 1980...

Eu não consigo encontrar melhores palavras para descrever o filme. A sensação, enquanto via o filme, foi de retornar à minha infância de filmes de Sessão da Tarde, com crianças envolvidas em alguma aventura extraordinária em uma cidadezinha onde nada é mais do que ordinário... Até o nome da cidade, Lillian, tem cara daqueles nomes de cidades interioranas esquecidas no mapa - se estiverem no mapa...

A história é bem construída, o suspense mantido durante mais da metade do filme e demora bastante a mostrar o alienígena. Aliás, pra quem vê esses filmes habitualmente, não é segredo nenhum que é uma alienígena, então nada de spoilers por aqui... O quê? Você não sabia até a metade? Sério? Com um trem da Força Aérea, algo esquisito saindo de um vagão, não visto por tomadas inteligentes ocultando o bicho nas sombras, fumaça e escombros? Ah, fala sério...

É disso que o filme trata: crianças envolvidas em um acontecimento fantástico, em uma cidadezinha no meio do nada. Basicamente.

O filme tem espaço para desenvolvimento dos personagens, sem tornar esse desenvolvimento algo maçante nem politicamente correto. É ágil, instigante e as excelentes atuações do elenco mirim contribuem muito para a diversão do filme e até um momento emocionante próximo ao final.

A modernização fica por conta da abordagem: diferente dos filmes no mesmo estilo lá atrás da década de 1980, nesse nós vemos sangue, pessoas morrem e há muita destruição. Mas isso não é o mote do filme, não acontece de forma tão explícita e não vamos tripas voando ou algo similar, portanto, aos de estômago mais sensível, não se preocupem, podem ver o filme sem medo. Essa opção acaba dando um tom mais realista ao filme. No mundo real, se algo assim acontecesse, pessoas morreriam, acidentalmente ou não. Muitas. Na minha opinião, o filme dosou bem esse aspecto.

Não foi o único aspecto no qual J.J. Abrams acertou na dosagem. Ele também apostou certo em não exagerar no humor, como é típico de filmes nos quais os protagonistas são todos crianças, além de não ter feito desse humor algo no estilo "pastelão". O humor no filme é situacional e mostra um grupo de crianças que parecem realmente entrosadas umas com as outras: as piadas fluem naturalmente, sem tirar o interesse pelo filme nem desviar a atenção da história.

Numa escala de 1 a 5, meu voto seria por um 4.

Um comentário:

  1. Vi na estréia e também achei parecido com os Goonies, clássico instantâneo. Ainda existe coisa boa em Holywood.

    Depois desse filme... "I'm sorry George (Lucas), J. J. Abrams is my master now".

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