Escrevendo no calor do momento: acabei de assistir Guerreiro (Warrior, 2011). Em uma palavra? Extraordinário!
Confesso que sempre gostei de artes marciais, mas nunca fui um grande entusiasta, pelo menos não o suficiente para acompanhar campeonatos ou assistir lutas em tempo real. Os filmes sempre me bastaram. Essa mania recente no Brasil, de transmissão de campeonatos de MMA - Mixed Martial Arts - como o UFC - Ultimate Fighting Championship - me atingiu e me peguei acompanhando resultados e tentando assistir algumas lutas, mesmo sem ter nenhuma assinatura de TV a cabo em casa.
Guerreiro é um filme indispensável para quem é fã de artes marciais e dos citados campeonatos. Eu mesmo me peguei torcendo em vários momentos pelos personagens principais e até gritando empolgado. Os vizinhos não devem ter gostado muito, mas e daí? Não sou eu que furo as paredes ou bato pregos fora dos horários permitidos...
Destaque para a atuação dos três atores principais:
1) Joel Edgerton interpreta Brendan Conlon, professor de colegial que, frente a dificuldades financeiras e a perda iminente da sua casa, resolve retornar à jaula como solução para os seus problemas;
2) Tom Hardy, cada vez melhor, é o irmão do primeiro, Tommy Riordan, ex-fuzileiro naval em busca de dinheiro para ajudar a viúva de um "irmão de guerra";
3) Nick Nolte, com o talento apurado pela idade e bem distante do Jack Cates de 48 Horas, é Paddy Conlon, pai dos dois outros protagonistas, atormentado por uma vida de pai ausente e alcóolatra, tentando resgatar algum senso de família e lutando para fazer parte da vida dos seus filhos novamente.
O filme é ágil, embora as 2h20min de filme possam assustar à primeira vista. O drama presente no filme é intercalado com cenas impactantes e bem construídas de lutas, sem recorrer ao exagero do sangue gratuito. As lutas são violentas, têm impacto e são empolgantes, sem precisarem recorrer a exageros, a resistências impossíveis e golpes mirabolantes; antes que você perceba, você se vê torcendo por eles, temeroso pelo resultado das lutas e surpreso com as reviravoltas das mesmas - não que sejam imprevisíveis, longe disso... mas o filme constrói o clima necessário para envolver o espectador.
Some-se a isso um bom elenco de apoio, uma história bem amarrada e pouca, mas bem aproveitada, trilha sonora e você terá diversão garantida. Destaque para "About Today", de The National, no final do filme. Não podia ter tocado em momento melhor.
Arrisco até a dizer que é filme para Oscar: a história de superação e a narrativa bem linear são típicas de filmes oscarizados.
Nota: 5 (de 5).
Que tal começar a pensar em ser crítico de cinema, mor? <3
ResponderExcluirA vontade de ver foi tão grande que já estou baixando. E olha que não sou nada fã de luta, hein? Arrasou na crítica, amigo. ;*
ResponderExcluirBom, no primeiro post eu ainda estava carregado das emoções do filme, mas como não consegui efetiva-lo, este seguirá de forma mais sóbria!!
ResponderExcluirenfim, a vossa crítica é contundente, não é apenas um filme de luta bem feito, o enredo é completamente inresistível, é impossível assistir sem vibrar com os dramas das personagens, e com as lutas é claro!
Mesmo para quem não gosta do esporte recomendo, o filme é marcante, e lança um olhar mais humano sobre algo que até pouco tempo era visto como pura e simples selvageria. Filmasso!!